sábado, 20 de fevereiro de 2010

"Ouvi Dizer..."

Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,Eu não vou vê-lo em mim...
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega...
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer...
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer...
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte...
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lá muito longe...

Eis que choro....outra vez...
Rasgo de saudade...fundo demais....
Nem por um segundo largo a tua mão....
Eis que choro...outra vez...


19-02-2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Alguem me ouviu...."

Não me resta nada
Sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado
Com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir
Isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujoA esperança pouco me resta
Triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem
O tempo passa
Sinto o cansaço
O vento sopra
Ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece
Algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino
Nem sei se estou acordado
Sorriso escasseia
Hoje a tristeza é rainha
Não sei se a alma existe
Mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz

Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego
E a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
Ter coragem de querer
Não ceder nem desistir
Eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou
Que em mim a luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder nem desistir
Eu prometo
Não há dia que não pergunto a Deus
Porque nasci?Eu não pedi
Alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado aonde estava
Aonde não pensava, não existia, não chorava
Prisioneiro de mim próprio
O meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados,
Não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar
Um sorriso para me animar
Quem sou eu?Para onde vou?De onde vim?Alguém me diga,
Porque me sinto assim?Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos olhos mas ninguém as vê!
Estou farto de mim,
Farto daquilo que sou,Farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz...


Mariza

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Solidão"....

Solidão de quem tremeu
A tentação do céu
E desencanto, eis o que o céu me deu
Serei bem eu Sob este véu de pranto
Sem saber se choro algum pecado
A tremer, imploro o céu fechado
Triste amor, o amor de alguém
Quando outro amor se tem Abandonado,
e não me abandonei
Por mim, ninguém
Já se detém na estrada

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Hoje...

Hoje apetece-me chorar....
Hoje estou assim, sem mim, sem chão, sem dia, sem noite....
Hoje nao sou eu...sou uma divagação de memorias e pensamentos,
Sou um baú de recordações e momentos...
Hoje queria tocar-te, abraçar-te, queria preencher o vazio
Hoje queria correr á chuva até nao sei onde....
Hoje morro de saudades....
Queria tocar-te, abraçar-te, queria preencher o vazio....

Palavras que me tocam....

E de novo a armadilha dos abraços.
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços a pele alucinada de carícias.
As preces, os segredos, as risadas no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso teço um colar de gritos e silênciosa ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo o amor total dos deuses e dos bichos.



Rosa Lobato Faria