Naquele dia o mar estava calmo... as marés são um fenómeno interessante: vão e vêem... como tudo no percurso dos meus dias... vão coisas, pessoas, momentos, vêem mais coisas, mais pessoas, mais momentos...e eu continuo aqui sentada na areia pensando, repensando, mais um cigarro, um minuto...á espera que venha a próxima maré... e que chegue rápido... que me traga, paz, amor, sossego… gosto do mar assim, calma entre a brisa matinal! Dá-me alento, coragem, felicidade… corro para cá cada vez que algo corre mal, que fico triste com a vida, que me sinto perdida. Aqui é o começo de tudo, tudo começou da água, e pelas leis da natureza, foi evoluindo sempre para algo mais complexo… vivo na ânsia de, ao vir aqui, tudo comece de novo, nasça novamente, e eu possa ter o dom de modificar as coisas, de viver mais cada dia, de ser mais feliz, de me amar mais… não acontece. Quando viro as costas a esta imensidão de águas, volta tudo… de novo transito, pessoas, problemas, azafama, vidas que não se vivem, passa-se ao lado delas…
Quem me dera que a vida fosse como o mar, me trouxesse em cada maré coisas novas, agua pura, esperança, novos horizontes, novas gotas de amor, nova espuma de saudade….
Excerto de um "livro" em construção...
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