...Começo então a caminhar nesta areia molhada, descalça, cabeça vazia, sozinha na imensidão do areal, pensando em ti.... tanta vontade de te ver, de te tocar, de te levar comigo para sempre no coração.... porque és diferente, porque vives como eu, sobre os desejos e sobre as fantasias.... tu és eu... estranho, não?? Que medo que tenho ao pensar que ainda não te encontrei...mas vou encontrar-te, porque tu és igual a mim... porque sentes o que eu sinto, porque me amas como te amo a ti, porque necessitas de fugir, assim como eu, deste mundo de loucos, deste emaranhado de gente que corre para lugar nenhum…
Olho o mar e penso que talvez tudo pudesse ter sido diferente, se já te tivesse comigo, se já estivesses em mim, como eu estou em ti, desde sempre. Mas não o é, não estás, não caminhas ao meu lado, agora nesta areia molhada, descalço, como eu….onde estás agora, meu eterno amor?? Perdido por aí, misturado nesse tal emaranhado de gente que se arrasta? Levam-te com eles, sem explicação, sem perguntas, e eu, no sossego desta praia, espero-te, como espera uma mãe desejosa de ver um filho…
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