As vezes penso que sou diferente de toda a gente que se cruza comigo, que ja passou pela minha vida, que vai entrando e saindo.... Sinto-me estranha muitas vezes.... O meu porto de abrigo, a lua, o céu.... A escrita... um refúgio, uma paisagem, um local especial, uma pessoa, traz-me uma lufada de ar fresco...um fôlego para continuar a minha caminhada.... A ti, cidade da minha alma, do meu coração, dos meus amores, dedico estas linhas... a ti que acolhes todos os dias o meu estado de espírito, a ti que me vês alegre, ou triste, que ris comigo nos momentos de felicidade, ou que choras quando eu choro…. A ti devo a minha vida, os meus amores, a minha capa rasgada, o meu traje escuro em noites de serenata, devo-te os olhares de esperança sobre o Mondego, que corre indiferente aos dilemas mentais de quem o olha, devo-te o amor que brota em cada canto da Alta, em cada olhar de estudante, na despedida….devo-te tudo isto e muito mais…. Devo-te a minha alma… quando um dia morrer, levo a minha velha capa comigo, levo-te a ti, minha cidade, para me iluminares na hora da despedida…
Depois de ler "Cartas a Sandra", achei que escrever isto fazia todo o sentido...
Este texto é para, e sempre de Coimbra e de todas as pessoas que me ajudaram a conhecer a tradição...
Para a Ana, que me traçou pela primeira vez a capa e me fez amar o traje
Sem comentários:
Enviar um comentário